É memória no Nordeste
faleceu no mês de julho
nasceu, viveu no sertão
aqui falo com orgulho
foi pequeno agricultor
e também um cantador
não gostava de barulho.
Como poeta da roça
ele não pode escapar
plantou milho e feijão
e fava sem reclamar
com a enxada na mão
chamava o seu irmão
vamos logo trabalhar.
E quando estava plantando
vinha logo inspiração
fazia então suas rimas
tinha memorização
e na mente ele guardava
assim ele declarava
bem humilde pé no chão..
Um homem autodidata
como poeta nasceu
mas trabalhou muito em roça
e nunca se arrependeu
com a sua roçadeira
cuidou até da roseira
da formiga defendeu.
Falou de reforma agrária
pra o povo brasileiro
que não tinha onde plantar
e vivia sem dinheiro
queria o seu direito
e trabalhar com respeito
como amigo, companheiro.
Patativa do Assaré
um poeta brasileiro
foi bastante elogiado
confesso, pro mundo inteiro
um vate reconhecido
jamais será esquecido
foi dito no estrangeiro.
O sertão de carne e osso
o poeta Patativa
certo dia retratou
com muita expectativa
foi poeta singular
da cultura popular
dito pela comitiva.
Com o dom que Deus lhe deu
seguiu bem a sua sina
e jamais ele negou
inspiração Nordestina
nos seus versos, nos poemas
e com variados temas
nos deixou sua doutrina.
Patativa foi filósofo
poeta, compositor
falava a linguagem culta
portanto foi professor
usou linguagem matuta
na roça, na sua luta
um poeta agricultor.
Apresentação
Açaré
Açaré!
Meu Açaré!
Terra
do meu coração!
Sempre
digo que tu é
O
lugá mio do chão.
Me
orgúio quando me lembro
Que
tu também é um membro
Do
valente Ceará.
P´ra
mim, que te adoro tanto,
Te
jurgo o mio recanto
Da
terra de Juvená.
Foi
aqui, foi nesta Serra
De
Santana, onde nasci,
Qua
da água de tua terra
A
premêra vez bebi.
Nesta
Serra, eu pequenino,
No
meu vivê de menino,
Tão
inocente, tão puro,
Dei
as premêra passada,
Triando
as tuas estrada
No
rumo do meu futuro.
Patativa
do Assaré
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