Igual a ele não tem!
homem sério e competente
confesso de cara limpa
sempre vejo bem contente
com seu pequeno instrumento
toca muito, não aumento
é sanfoneiro decente.
Ele nasceu no Felipe
um sítio do Assaré
hoje pertence a Tarrafas
descubra quem ele é:
mas sempre morou aqui
come feijão com pequi
reza com bastante fé.
Não é alto nem esbelto
seu avô foi violeiro
também um rabequista
seu pai bom sanfoneiro
casado com a Maria
que lhe deu muita alegria
sentada bem no terreiro.
Embora sendo bem tímido
A harmônica ele pegava
quando o pai ia pra roça
porque sempre desejava
aos oito anos de idade
tinha curiosidade
seu desejo aumentava.
Escondido lá no quarto
pra o seu pai não brigar
ensaiava com gosto
pretendia dedilhar
temia, pois tinha medo
não tinha como um brinquedo
queria então dominar.
Senhor João o apoiou
mesmo sendo uma criança
e a partir dos dez anos
tinha muita esperança
nas festas acompanhava
o seu pai não reclamava
demonstrava confiança.
Apresentação
Falar de Chico Paes talvez seja fácil.
Ouvir Chico Paes (no seu pé-de-bode) é gostoso demais.
Relatar Chico Paes em poucas estrofes, é ter muita habilidade.
Assim o fez a professora e pesquisadora Antonia Rodrigues,
concedendo-nos mais um folheto ímpar, captado do/no seu intelecto,
nomeado de: MESTRE CHICO PAES – “Na Sanfona é o primeiro.”
A poetisa está para o versejo, assim como o sanfoneiro para sua
sanfona.
Ambos se voltam para os temas sociais e culturais do nosso torrão
batido e folheado de versos singelos capazes de transformar o nome da
própria cidade: Assaré do Patativa.
E, buscando valorizar mais e mais a nossa cultura local, desta vez,
a autora Antonia Rodrigues recapitula nos seus versos a sucessão de acontecimentos do GRANDE MESTRE CHICO PAES.
PARABÉNS!!!
FRANCISCO EDIVAL DA SILVA
(Professor Edival)